domingo, 20 de julho de 2008

é chegada a hora?

Chega o tempo que a saudade toma proporções desmedidas...
Chega o tempo em que a saudade torna confusos até outros sentimentos teoricamente bem consolidados,
Chega um tempo em que a saudade reina absoluta!
Chega um tempo em que a saudade é o que se tem de melhor ou é tudo o que se tem...
Chega um tempo em que a saudade á escudo e espada.
Chega um tempo em que sentir saudade é sentir a alma coberta de bençãos;
Chega o tempo em que sentir saudade é um apego indizível ao passado que não se quer deixar passar.
Chega um tempo em que só saudade basta,mas...
Chega um tempo em que a saudade não pode mais ser alimentada, terá que existir por si só. Chega um tempo em que tudo o que fica é a saudade de sentir saudade
Chega um tempo em que saudade é o nome da mais linda prece que eu faria se eu soubesse rezar!
Sempre é tempo de ser Saudade!!!

domingo, 13 de julho de 2008

adoro!!!

Ainda do alto dos meus wiskys,saltos,decotes,strass e criticas ferrenhas ao “itápolis way of life”, consigo chegar até aqui lúcida!
Lúcida o bastante para saber que nada se perde numa noite dessas...nada se perde ao esperar uma mesa vagar,nada se perde ao escomungar um ser que se faz presente, apenas para tentar tornar decrépta a noite alheia,nada se perde ao se tomar um wisky como se fosse o penúltimo do mundo,nada se perde ao relembrar o passado e muito menos,nada se perde ao olhar para as luzes e perceber que nem o seu presente está ali,mas você está lá e vamos indo...afinal, o que importa é estar por ali...afinal,nada se perde ao observar pessoas.
As pessoas e sua sordidez em geral me comovem e a falta de veracidade no que dizem ou creem que sentem,idem...mas eu adoro isso!Adoro como que se entregam as vontades primárias,adoro como vertem expectativas frustradas antes mesmo delas nascerem.
Adoro como a hipocrisia dita regras que não são as que eu sigo,adoro como “in vino veritas”deixa tudo mais fluido...ainda que não seja pelo vinho!
Adoro como é quase sufocante me divertir com a miserabilidade de “belas” almas...adoro como que a futilidade traça tantos destinos que não o meu...
Adoro reticências para falar de tudo que amo e odeio,pois nelas cabem mais argumentos que em Ruy Barbosa!
Adoro ter descoberto a força de alguns sentimentos muito recentemente e ainda estranhá-los feito adolescente,afinal adoro sentimentos e suas variações temáticas.
Adoro ser taxada de “leonina verdadeira” e por isso ter quase um salvo conduto(como se dele eu precisasse) para ser excêntrica!(excêntrica, eu?)
Adoro não saber o que é ciúme;adoro valorizar o que é liberdade...adoro ver no que a maioria vê problema,a satisfação.
Adoro ser uma grande farsa, adoro não caber em rótulo algum,adoro não ser a norinha que a sogra pediu a Deus nem ser a que ela nunca pediria...adoro até mesmo estar alheia aos pressupostos e gostos alheios...
Adoro ouvir vozes e sons e ainda ler olhares que ninguém mais leria, apenas porquê estão ocupadas demais para prestar atenção no outro...
Adoro sentir saudade e saber que não é um peso,mas uma abóboda mais em meu castelo de desejos.
Adoro não saber como se constrói uma felicidade redondinha...só vou tentando e isso já me faz mais corajosa que muitos! adoro não gostar de meu jeito e ainda assim não trocá-lo por nenhum.
Apesar de muitas vezes,ser bastante difícil ser simplismente eu...adoro isso,mesmo sem motivo para isso...apenas adoro!

terça-feira, 8 de julho de 2008

meus meninos

São só meninos
são só meninos bordados de estrelas ,piercings e barbas cerradas,
são apenas meninos e já se imputam viver um grande amor...só não sabem disso
são meninos e estão sob o sol árduo do amadurecimento
são tão meninos que não sabem se choram ou partem insensíveis
são apenas meninos e se decepcionaram sem o direito de sorrir no vinho tinto e seco de suas agruras,
Os meninos não tiveram segunda chance.
eram meninos,mas o tempo rompeu seus invólucros....
já não são meninos fora de seus casulos.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Do caos ao acaso

Eu calo a boca do caos,
Porque para mim o caos é fogueira incandescente que se apaga na primeira chuva das minhas madrugadas.
Eu suprimo a dor e onde poderia causar danos, ela causa reparação.
Estou sob o medo,estou sobre a coercitividade de almas baixas.
Busco respostas (sem as querer de fato,prefiro as perguntas), ao passo que crio crateras quase que intransponíveis às banalidades.
Minhas frases são soltas, mas meu discurso vem em uníssono com meu desejo calado,e eu já não me importo de calá-lo! Gosto desse silêncio tendencioso e quase profano!
Sei dos por vires, sei dos pesares,mas continuo fiel ao que sinto,ainda que o que eu sinta seja apenas que eu deva ir embora...
Incongruente,contraditória é assim que me encerro.
Tenho a nítida sensação que o sentimento se esvai, mas se necessário for, recrio mil vontades em mim , apenas para não deixar meu coração com um eco qualquer, de uma ausência que eu não almejo.Coração vazio é pouco mais que um reflexo desfocado em um espelho d’água...outros espelhos d’água...
O viés íngreme da saudade é o acorde primeiro do que eu deleguei ao tempo e o tempo a mim delegou a arte da pálida esperança...Mas que ninguém jamais julgue que espero algo do outro;espero só de mim,temo esperar pelo que não pode vir,logo, espero pelo que ouso transformar em traços ora torpes,ora sublimes de realidade.
Eu aprendi a olhar para meu sonho,e sei que está ao alcance de minhas mãos, por mais que me entorpeça para achar que está distante...ele virá,ele tomará forma, aí não suportarei escondê-lo mais de mim.
Em meu alforje tenho a liberdade e é assim que eu vou para minha Guerra Santa:
De alforje e sonho...