teu copo

Sabe lá, onde a poeira é carnaval e o vento te traz beijos?A melhor paisagem é a vista da tua alma.
De ao tempo o que quedou da alma e rebusque tua razão,que de razão já não há nada.Só a veja de relance,não se valha dela integralmente,há de se ter um pouco de paixão, também nas coisas do mundo.
Você inventou minha tristeza, espere de mim então,o remédio de tua própria mágoa,eu te oferecerei no máximo um copo de cerveja, certa de que ali,existe mais que verdades diluídas,talvez haja uma ode ao social...talvez uma insonia contornada...
Bem vindo,deixa eu cantar tua beleza,veja o que o cerca:acha mesmo que vale uma só lagrima?Tua visão embaçada de chorar o impede de ver o sol nascendo:Sobrevivemos a mais uma festa,a mais amores declarados,ressacas morais,amizades celebradas;sobrevivemos a nós mesmos frente ao espelho tácito da libertária esbórnia.
Sobrevivi a mim mesma e você sobrepujou solene as lembranças amargas,quando brincava de viver com o violão na mão...
Te vi mais honesto na taça de vinho que em minha boca,bonito e triste isso!
Hoje a festa é tua ,será só mais um carnaval de agosto,com suas poeiras e saudades.Terá mais samba em teu sorriso que em todo o teu sofrer,acredite!
Venha,venha desarmado de poréns e só me de em confiança,a certeza de que nesse dia, seus olhos vão brilhar como brilhavam na infância.Farei de você Peter Pan, lobo mau,príncipe encantado e cisne,tudo ao mesmo tempo e só te peço que venha...
eu fiz uma festa para você,preparei um banquete com teu futuro,degustaremos doses homeopáticas de seu passado para acompanhar...serei cicerone e criada,serei quem o conduzirá a grande jornada por si mesmo,apenas aceite esse copo...apenas aceite a si mesmo!